"Microlições de coisas" e "Outras coisas, outras lições" exploram poética de objetos cotidianos

Detalhe da obra de Gê Orthof, Máquina Mínima, de 2004
(Microlições de coisas)

Redescobrir o poder poético de objetos do cotidiano, essa é a proposta das exposições “Microlições de coisas” e “Outras coisas, outras lições” em cartaz nas galerias Retratos-relâmpagos e Poliedro do Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM). As mostras reúnem trabalhos de artistas contemporâneos que abrem os olhos dos visitantes para o potencial significativo de materiais do dia a dia.

No caso de Microlições de coisas, a exposição é uma reedição da mostra que ocorreu em 2004, no então Centro de Estudos Murilo Mendes. Na época, diversos artistas do país tomaram como base o capítulo – ou setor, como é denominado -, homônimo do livro Poliedro, do poeta juiz-forano. Na publicação, Murilo Mendes desenvolve uma série de comentários lúdicos “simbólicos” sobre a estética e o significado de diversas coisas, do ovo à vassoura, relatando também suas experiências com a laranja, a pérola, os ossos de borboleta, a luva, o serrote, a caneta, entre outros utensílios.

Confira algumas obras de “Microlições de coisas”

Renato Abud-
Água de Benzer,2004
(foto Twin Alvarenga)

Mário Alex Rosa
O Corte do Poema, 2012
(foto Twin alvarenga)

Liliza Mendes
sem título,2004
(foto Twin Alvarenga)

Na mostra, os objetos artísticos são acompanhados das observações murilianas. Às obras de Marcos Benjamin, Liliza Mendes, André Burian, Gê Orthof, Fabrício Carvalho, Celeida Tostes somam-se trabalhos novos de Renato Abud, Valéria Faria, Frederico Merji e Mário Alex Rosa. Ao todo, são 17 trabalhos de diferentes artistas do país.

Confira algumas obras de “Outras coisas, outras lições”

Ricardo Cristófaro
sem título,2009
(foto Twin Alvarenga)

Marcos Benjamin
sem título,1999
(foto Twin Alvarenga)

Siron Franco
História Mal contada,1989
(foto Twin Alvarenga)

Já em “Outras coisas, outras lições”, a partir do significado dicionarizado, os objetos são explorados em seus potenciais estéticos, sejam eles semânticos ou visuais. Como num glossário, as obras são acompanhadas de sua definição. Contudo o foco está em explorar as relações entre literalidade e poética, sugestionando associações das peças com termos análogos. Participam da exposição sete artistas da cidade: Benjamin, Marcelo Gandhi, Mário Alex Rosa, Renato Abud, Ricardo Cristófaro, Siron Franco e Turinha Borém.

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