Museu de Arte Murilo Mendes | MAMM
O espaço urbano de Juiz de Fora é o cenário da narrativa biográfica de moradores de rua no documentário “Habita-me se em ti transito” que está com lançamento marcado para esta quinta, 21, às 19h, no Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm). O filme registra a busca pela sobrevivência, a fragilidade social e psicológica, os vícios mas também as alegrias de dez pessoas que vivem em condição de rua. O trabalho é assinado pela direção de Cláudia Rangel, produção executiva e fotografia de Guilherme Landim, áudio de Big Charles e edição de Tadeu Carneiro.
Um dos destaques do documentário de 22 minutos é abordagem feita pela equipe. Os laços criados e a intimidade alcançada permitem que os entrevistados falem de maneira espontânea e demonstrem até certa liberdade diante das câmeras. A fotografia e a sonorização também enriquecem o trabalho ao captar o fluxo dos transeuntes de pano de fundo enquanto os moradores permanecem “estáticos” relatando suas experiências. O efeito obtido é o da paisagem urbana cotidiana.
De acordo com Guilherme Landim, foram entrevistadas 18 pessoas ao longo de dois meses que resultaram em mais de 30 horas de material bruto. Do início do projeto, com a elaboração e pesquisa, incluindo consulta à assistentes sociais, até a finalização, o trabalho levou cerca de dois anos. O filtro de entrevistas deveu-se a necessidade de adequação ao gênero e condições técnicas, segundo Landim. “Ainda assim, a histórias que integram o vídeo são bem representativas de tudo o que foi captado”, afirma o produtor.
Após a exibição o documentário, ocorre um bate-papo entre o público e o realizadores. “O documentário não tem apenas uma missão artística e estética, mas também tem a finalidade de discutir um problema social que é a condição da população de rua brasileira. Portanto, esperamos que o público compareça à exibição e traga seus pontos de vista e suas experiências”, afirma Landim.
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Outras informações
3229-9070 Mamm