Confira a programação do evento que acontece nesta quinta, 12
O Museu de Arte Murilo Mendes recebe, nesta quinta-feira, 12 de dezembro, às 18h, um dos lançamentos do documentário Batuque: (en)cantos de luta, sobre a história e a memória do grupo musical afro-brasileiro, patrimônio imaterial de Juiz de Fora, Batuque Afro-brasileiro de Nelson Silva.
Trata-se de encontros poéticos e sensíveis com o Batuque Afro-brasileiro de Nelson Silva, revelando questões étnico-raciais artísticas de um grupo de expressão cultural referência em Minas Gerais. A música e a espiritualidade são fatores de resistência, por meio das narrativas orais e visuais, como gritos que ecoam suas inquietações, vozes, cantos e encantos.
Um ponto luminoso e repleto de cores vibrantes expressa a intersecção das vidas do Batuque Afro-brasileiro de Nelson Silva. De acordo com a equipe do documentário, as imagens revelam um pouco da complexidade sensível do grupo musical: “há uma presença vibrante da cor, um tom onírico nos ensaios, nas deambulações, nas entrevistas, nas passeatas, nas batucadas, nas apresentações musicais, nos interstícios, nos arquivos e na singeleza do eterno agora. Uma luz vibrante atravessa temporalidades diversas e nos convida a uma cosmopercepção crítica e afetiva. Um jogo de espelhos, um reencontro com as idiossincrasias dos(as) batuqueiros(as), uma possibilidade poética de visibilidade”.
Desde 2015, a equipe realizou a pesquisa do conjunto de memórias do filme com o Batuque Afro-brasileiro de Nelson Silva. “Suas imagens estavam lançadas em lugares esparsos das memórias coletivas da cidade e pensamos num documentário para abarcar esses lugares e traçar outras narrativas. Além de um curta-metragem, um média-metragem, montamos uma exposição permanente Retratos da Resistência no Paço Municipal e uma galeria virtual, parte de mais um conjunto de imagens e memórias desses processos investigativos. Decidimos trazer aqui tantos signos, tantas pessoas que teceram e ainda tecem essa narrativa onírica, repletas de singularidades em suas trajetórias de existência. Cada integrante do batuque tem uma história de vida evocada na cantoria. Como griots, narram as letras das músicas de Nelson Silva, discutindo e tecendo poeticamente e criticamente relações de raça, classe e gênero. Suas apresentações são aulas cantadas e encantadas sobre a história de um país colonizado”, afirma.
Confira a programação do evento:
18h – Apresentação da Galeria Virtual Batuque: (en)cantos de Luta, com Guilherme Landim (Pesquisador Unicamp e diretor do filme) e Antônio Carlos (Historiador).
19h – Exibição do curta-metragem (15min) e média metragem (45min) sobre o Batuque.
20h – Fala de encerramento com Adenilde Petrina (Doutora Honoris Causa-UFJF) e Maria Aparecida (Regente do Batuque).